Sítio do Mandú - casa bandeirista

Casas Bandeiristas do IPHAN em São Paulo

Uma apresentação

O planalto paulista durante o período colonial foi ocupado por propriedades rurais baseadas no uso de mão de obra indígena escravizada, cujos proprietários, em busca de ouro e de gentio, alargaram as fronteiras do território colonial português. Restaram alguns testemunhos dessas casas grandes, sede de fazendas, denominadas casas bandeiristas. 

Os aldeamentos jesuítas deram origem às vilas que hoje são núcleos urbanos como os municípios de Cotia, Embu, Santana de Parnaíba, Mogi das Cruzes, Carapicuíba, entre outros. A rodovia Raposo Tavares era uma antiga rota de bandeirantes e interligava seus entrepostos comerciais e núcleos urbanos como Sorocaba e São Paulo.

As Casas Bandeiristas em São Paulo foram assim denominadas por Luís Saia a partir de sua atuação e pesquisa no IPHAN. São descobertas a partir da Primeira República mas é com Luís Saia que começam a ganhar um corpo teórico que busca entender sua origem e sua relação com os costumes e dinâmicas da sociedade paulista e o papel que desempenharam no território paulistanos séculos XVI e XVII.

Inicialmente são chamadas de “Casas rurais” e na sequência, Saia as coloca como uma tipologia arquitetônica “paulista”, uma vez que são encontradas no território paulista, estabelecendo relações com o Tropeirismo e um tipo de ocupação bastante particular do planalto paulista. 

As Casas Bandeiristas estão distribuídas ao longo do que se cunhou chamar de “cinturão jesuíta” e eram pontos de referencia e parada das Tropas, São encontradas nos arredores do Colégio fundado pelos jesuítas - hoje Páteo do Colégio, no centro de São Paulo - e ao longo dos caminhos indígenas que eram utilizados pelos tropeiros para o “Sertão” e que hoje permanecem no território como as principais rodovias paulistas originadas na cidade de São Paulo.

Este tipo de construção rural costumava ser o centro de um sistema produtivo de exploração da terra e de mão de obra indígena que envolvia centenas de pessoas trabalhando e vivendo entorno da construção e suas benfeitorias como engenhos, rodas d’água, moendas, plantações e rebanhos, configurando um sistema social e produtivo formado por homens brancos e pela população indígena.

“Casa bandeirista – uma interpretação” foi o ensaio de Luis Saia para as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo em 1954, na mesma época, Guilherme de Almeida restaura a casa bandeirista do Butantã e a imagem do bandeirante empreendedor que se resiste e supera o ambiente hostil entra definitivamente para o imaginário paulista.

As “Casas Bandeiristas” constituem uma tipologia arquitetônica que até hoje incita discussões entre pesquisadores sobre seus usos, papel social e origens. A discussão não se esgota, uma vez que a documentação do período é bastante precária e essa tipologia não aparece em outros estados do Brasil de modo que permita estabelecer comparações e relações.

As casas bandeiristas estão envoltas em polêmicas arquitetônicas, históricas e arqueológicas e atualmente encontram desafios para seu uso e ocupação em toda a cidade de São Paulo e municípios paulistas – são de difícil apelo turístico e de visitação e como infraestrutura são frágeis e demandam conservação e manutenção constantes.

A casa bandeirista é um documento da sociedade mameluca que se estabeleceu no planalto de Piratininga no período colonial.


Sítio Mandú

Datação: provavelmente no início do século XVIII. 

O sistema construtivo da casa é a tradicional alvenaria de taipa de pilão, telhado de quatro águas com estrutura de madeira, telhas de barro tipo capa e canal. A casa conta com alpendres nas fachadas posterior e anterior. Segundo pesquisa nos documentos do Arquivo do IPHAN SP, o Sítio Mandú apresenta sinais de ter tido um piso assoalhado.

A tipologia da casa bandeirista está representada pela planta simétrica, quadrada ou retangular, capela e cômodo externo para visitantes e presença dos jiraus, elementos que são referências da arquitetura residencial bandeirista e que também estão presentes e monumentos como a Casa do Padre Inácio, as Casa do Itaim e o Casa do Butantã na cidade de São Paulo e o Sítio Santo Antônio em São Roque. O jirau é uma estrutura de madeira com acesso por escada, estruturado entre o piso e o telhado nas paredes laterais das casas que servia para armazenar mantimentos e objetos.

Está presente o alpendre central, um espaço de transição entre o os espaços da família e agregados no interior da edificação e o cômodo externo destinados à hóspedes, visitantes e tropeiros.


Sítio Mandú

Datação: provavelmente no início do século XVIII. 

O sistema construtivo da casa é a tradicional alvenaria de taipa de pilão, telhado de quatro águas com estrutura de madeira, telhas de barro tipo capa e canal. A casa conta com alpendres nas fachadas posterior e anterior. Segundo pesquisa nos documentos do Arquivo do IPHAN SP, o Sítio Mandú apresenta sinais de ter tido um piso assoalhado.

A tipologia da casa bandeirista está representada pela planta simétrica, quadrada ou retangular, capela e cômodo externo para visitantes e presença dos jiraus, elementos que são referências da arquitetura residencial bandeirista e que também estão presentes e monumentos como a Casa do Padre Inácio, as Casa do Itaim e o Casa do Butantã na cidade de São Paulo e o Sítio Santo Antônio em São Roque. O jirau é uma estrutura de madeira com acesso por escada, estruturado entre o piso e o telhado nas paredes laterais das casas que servia para armazenar mantimentos e objetos.

Está presente o alpendre central, um espaço de transição entre o os espaços da família e agregados no interior da edificação e o cômodo externo destinados à hóspedes, visitantes e tropeiros.


Missão, Visão e Valores foram definidos no Planejamento Estratégico Participativo do Sitio Mandu, realizado no ano de 2018.


Contato

Telefone para contato: (11) 38260744

Email:

Endereço

Estrada do Sítio Mandu, sem numero , Jardim Barro Branco
Cotia, SP (região RM de São Paulo) (Polo SISEM-SP 6)
CEP 01526-030

Horários de abertura ao público

Nenhum horário