Museu Histórico Profª Guiomar Pinheiro Franco

Criado em 2001, o Museu Guiomar Pinheiro Franco é uma parte da História da cidade, ainda presente nos dias de hoje, pois está ligado à história de Mogi das Cruzes a partir da saga da família Pinheiro Franco.


Algumas características tornam importante para a história de nossa cidade: A primeira delas é a arquitetura. O prédio, construído em taipa de pilão, na segunda metade do século XVIII, é o único do gênero que restou em pé. Não há registros da família que o construiu, mas sabe-se que a Família Pinheiro Franco é sua segunda proprietária. Inicialmente, o edifício abrigava, no pavimento inferior um armazém, o que explica o fato de conter tantas portas. (Por volta de 1970, o prédio passou por reformas e, por questão de segurança, foram instaladas janelas no andar térreo, sem, porém, serem retiradas as portas originais). Nesse andar, ficavam os estoques, bem como os escravos ali também se abrigavam. Uma característica da construção, é a alcova, pequeno cômodo sem iluminação e sem ventilação, que servia como quarto de hóspedes, para viajantes que precisavam passar uma ou duas noites na cidade. Atualmente, a alcova é apenas mais um cômodo da casa. O pavimento superior servia à convivência familiar. Visitando esse pavimento, podemos depreender como eram os costumes da época: os cômodos da área social são grandes, ao contrário dos cômodos da área íntima (quartos). A família de D. Guiomar era bastante grande: além dela, 14 irmãos conviviam nessa casa agradável. 


Já no século XX, os dois pavimentos passaram a ter finalidade única: residência familiar, o que perdurou até 1999, quando faleceu a última moradora: a prof. Guiomar Pinheiro Franco Lapin. Os Pinheiro Franco sempre participaram ativamente da vida Mogiana. Dona Guiomar foi uma das grandes educadoras de Mogi das Cruzes, além de ter sido ela quem trouxe para a cidade a Rede Feminina de Combate ao Câncer, fundada em São Paulo por D. Carmen Prudente. Hoje, a entidade é comandada por sua filha Eugenia Maria Franco Lapin Atuí. A irmã de D. Guiomar, Djanira, foi professora de música, além de participar ativamente das atividades religiosas da Igreja Matriz. Há poucos anos, faleceu em São Paulo o Dr. Djalma Pinheiro Franco, desembargador, que já tem seu nome em uma rua da metrópole.


Outro importante fato histórico ligado à residência dos Pinheiro Franco é a Revolução Constitucionalista de 1932. Um dos irmãos de D. Guiomar, Fernando Pinheiro Franco, residia e trabalhava em São Paulo (Banco de Boston), na época em que estourou a Revolução. Aos 20 anos, Fernando inscreveu-se como voluntário e, infelizmente, foi um dos quatro mogianos que tombaram em combate. Os demais foram: Jair Fontes de Godoy, José Antônio Benedito e Cabo Diogo Oliver. Uma das principais avenidas de Mogi leva o nome do Voluntário Fernando Pinheiro Franco.


A casa dos Pinheiro Franco também serviu, durante muitos anos, de ponto de encontros sociais. Ali eram realizados saraus (encontros de música e poesia), reunindo a elite social e intelectual da época.


Há, no Museu Guiomar, duas curiosidades interessantes: na sala de jantar, no andar superior, uma interessante coleção de coelhos (peças decorativas). Há desde coelhos de cristal importado até peças extremamente simples. O marido da prof. Guiomar se chamava Benedito Lapin. Como se sabe, “lapin” na língua francesa significa “coelho”.

Contato

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Endereço

Rua José Bonifácio, 202, Centro Histórico
Mogi das Cruzes, SP (região RM de São Paulo) (Polo SISEM-SP 7)
CEP 08720-010

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