Museu Universitário da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Criado pela portaria 15/85, em Janeiro de 1985, como órgão complementar da Universidade pelo Prof. Heitor Regina, então Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.]

Em 1987, o Museu Universitário PUC-Campinas é incorporado ao Centro de Cultura e Arte desta Universidade pela Portaria Puc nº 102/87. Atualmente, o Museu é órgão complementar da Pró-Reitoria de Extensão pela Portaria Puc nº 027/03.

Sua história remonta ao ano de 1958, quando professores e alunos do curso de Ciências Sociais iniciaram a coleta de material etnográfico, arqueológico e folclórico, que deu origem a formação do museu. De expedições aos índios Bororo e Xavante, o professor de antropologia, Dr. Alfonso Trujillo Ferrari trouxe um valioso material indígena para pesquisa.

Este acervo foi aos poucos reunido na Universidade e complementado graças a novas pesquisas, aquisições, doações e intercâmbio cultural, enriquecido principalmente pela ação acadêmica e apaixonada do professor de antropologia, Dr. Desidério Aytai, que ministrou cursos de Arqueologia, Museologia e Etnomusicologia na Instituição.

Constituído por cinco Coleções Temáticas: “Etnias Indígenas”, “Japão Pré-Industrial”, “Arqueologia”, “História da PUC” e “Folclore e Cultura Popular”, o Acervo abrange além de objetos museológicos, livros, jornais, revistas, vídeos, gravações sonoras, discos e CDs.

Nosso compromisso é difundir uma visão contemporânea do acervo, a ampla divulgação das atividades aqui desenvolvidas, bem como a prática de ações educativas, fomentando a participação das comunidades, despertando o interesse, a apropriação do patrimônio cultural brasileiro, aumentando a estima do povo pela história que constrói.

O Museu Universitário PUC-Campinas retorna atualmente ao Palacete Barão de Itapura (PUC-Central), onde foram realizadas as primeiras vivências acadêmicas do Museu, dando início ao processo de revitalização do prédio histórico.

Coleções Museológicas

Etnias Indígenas: Coleção que deu início a formação do Museu, em 1958, composta por objetos provenientes de pesquisas de campo em expedições pelo Brasil realizadas pelo trabalho de professores e alunos da Universidade. A Coleção é diversificada, contando com cerca de 140 peças de trançado indígena, 400 armas indígenas, 50 instrumentos musicais, 50 exemplares de matérias-primas (Herbário e Carpoteca), 180 peças em cerâmica, 100 adornos corporais, 40 trajes para rituais e 80 utensílios diversos. Esta Coleção retrata a diversidade cultural das Etnias Indígenas brasileiras, principalmente das regiões norte, nordeste e centro-oeste do país. As peças são oriundas de pesquisa de campo, doações e compra. Principais Etnias representadas: Karajá, Xavante, Bororo, Parakanã, Nambikwara e Kadiwéu.

Arqueologia: Coleção constituída dos remanescentes das comunidades primitivas indígenas de antigos sambaquis e sítios arqueológicos brasileiros, originada de escavações que resultaram na descoberta de ossos, materiais líticos e cerâmica, entre outros achados originários de Jaraçatiá e Monte Mor, entre outras localidades, doados pelo Prof. Dr. Desidério Aytai.

Folclore e Cultura Popular: Esta Coleção formou-se principalmente, graças ao trabalho da Prof.a Laura Della Monica, que após extensa pesquisa de campo a várias regiões do Brasil, trouxe as mais variadas peças do Folclore e Cultura Popular, que revelam costumes, tradições, religiosidade, música, arte, entre outros aspectos da cultura material brasileira. Estimada em 190 peças entre: cerâmica figurativa, cerâmica utilitária, lamparinas, matrizes de xilogravura, discos folclóricos, entre outros objetos. Esta Coleção por sua própria natureza vem crescendo com a contribuição da comunidade de artesãos e cidadãos que se conscientizam da importância de preservar a sua memória por meio de doações de peças que revelam o seu patrimônio cultural.

Japão Pré-Industrial: Incorporada ao Museu Universitário PUC-Campinas a partir de um Intercâmbio Cultural entre a Instituição The Little Museum of Man, de Nagoya, Japão, e o Museu Universitário PUC-Campinas, com a participação do então Diretor, Prof. Dr. Desidério Aytai. As peças totalizam 125 artefatos de uso agrícola e doméstico da Era Meiji (1868-1902) utilizados principalmente no cultivo do arroz, no cultivo da seda, e nas regiões de intenso inverno daquele país. Em 2008, comemoramos o Centenário da Imigração Japonesa contemplando a comunidade através da exposição “Rizicultura: Tradição e Prosperidade”, que enfatizou a força do trabalho desse povo, a sua capacidade de adaptação e o respeito ao meio-ambiente.

História da PUC: Coleção histórica formada por documentos, iconografias, mobiliário, quadros, objetos e placas comemorativas, reunidos em processo contínuo envolvendo a participação da comunidade interna, além de ex-alunos, ex-professores, e ex-funcionários, que reconhecem o valor da história que ela mesma escreve no decorrer de sua trajetória.

 A partir do ano de 2015, as atividades de extroversão do conhecimento, como as exposições, cursos e oficinas, do Museu no Campus Central vão diminuindo paulatinamente, devido as obras de intervenção de estudo para o processo de restauro do Solar do Barão. Todavia, as atividades técnicas continuam em operação nesse campus, assim como, no Campus I desta Universidade, onde encontra-se a Reserva Técnica com grande parte do acervo acondicionado.

No período de 2019 a 2021, todo o acervo ainda localizado no Campus Central foi transferido para o Campus I. Data também desse período o processo de requalificação das ações do Museu, com o retorno gradual das suas ações para as comunidades interna e externa, com a realização de exposições virtuais e presenciais, em espaços alternativos, como por exemplo, a ocupação de espaços ociosos no prédio da Reitoria. Já para o ano de 2022, voltaremos com as oficinas, atividades de estágio e uma programação voltada para o fortalecimento da imagem do museu dentro da instituição.