Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi

Instituída em 1957, em Santa Bárbara d'Oeste (SP), pelo casal Américo Emílio Romi e Olímpia Gelli Romi, a Fundação Romi é uma entidade beneficente de assistência social reconhecida como de Utilidade Pública nas esferas Municipal, Estadual e Federal, que tem como missão promover o desenvolvimento social e humano através da Educação e da Cultura.

Atendendo em média mais 30 mil pessoas por ano, a Fundação Romi, de Santa Bárbara d´Oeste, contribui para a mobilidade social e para o desenvolvimento regional, sobretudo, do município, por meio do Núcleo de Educação Integrada (NEI), do Centro de Documentação Histórica (CEDOC) e da Estação Cultural (EC).

O CEDOC é um espaço de preservação da história e atua no resgate de todo o passado da cidade e região revelando mudanças sociais, políticas e econômicas. Um dos conjuntos documentais mais relevantes do acervo é a respeito da Imigração Norte-Americana para o Brasil ocorrida na segunda metade do século XIX, as fotografias e os recortes ajudam os pesquisadores a compreenderem como viveram esses imigrantes em nosso país.

O acervo documental do CEDOC tem como marco inicial um anúncio intitulado “História da Cidade”, publicado no dia 7 de junho de 1964, no "Jornal d´Oeste", órgão de imprensa de circulação local. No comunicado a Fundação Romi expressava o desejo de colecionar fotografias e documentos antigos da cidade. Em 29 de junho de 1990, foi oficialmente inaugurado o Arquivo Histórico, em prédio próprio nas dependências da Fundação Romi reunindo coleções de jornais, fotografias e documentos sobre a região de Santa Bárbara d´Oeste, além dos registros históricos da Fundação Romi.

Ao longo dos anos, o Arquivo Histórico da Fundação Romi recebeu inúmeras doações e tornou-se uma fonte de pesquisa para jornalistas, estudantes, entre outras pessoas que buscam fontes para a produção de conhecimento sobre a região de Santa Bárbara d’Oeste. Em 2003, a Fundação Romi decidiu reestruturar a organização do acervo com o objetivo de facilitar o acesso e a disseminação dessas informações ao público em geral, foi então que nasceu o Projeto do Centro de Documentação Histórica - CEDOC.

Na primeira fase (2005-2007), ocorreu o diagnostico do acervo, a catalogação, digitalização e acondicionamento dos documentos. Profissionais contratados e estagiários, de várias áreas de conhecimento, asseguraram um tratamento adequado à documentação que passou a ser disponibilizada gratuitamente na Internet. Em 2006, a importação do scanner da marca Zeustschel – modelo Omniscan 10.000 A1 da Alemanha, possibilitou a digitalização de documentos do tamanho de uma página de jornal aberta (formato A1), com resolução de 600 dpis em apenas 10 segundos. Esta fase foi realizada com o apoio do MinC, através da Lei Rouanet (Lei 8313/1991), artigo 26, patrocinada pela Indústrias Romi S.A. A segunda fase teve início em 2008, e terminou em 7 de dezembro de 2009, quando foi inaugurado o espaço físico do CEDOC que foi reformado e adaptado para servir de mediação do público com este acervo através das atividades de Educação Patrimonial realizadas no Espaço Expositivo. Esta fase foi implementada com investimentos próprios da Fundação Romi.

Em abril de 2018, o CEDOC passou a funcionar em um novo prédio que foi reformado para receber o acervo documental com uma estrutura física de armazenamento e preservação dos documentos com: Reserva técnica climatizada destinada à guarda definitiva dos documentos; Área de processamento técnico onde a equipe técnica realiza a triagem, a identificação, a digitalização e a higienização do acervo; Área de acervo temporário onde se encontra os documentos recolhidos que aguardam o tratamento técnico; Sala de Educação Patrimonial para receber os visitantes e realizar as atividades educativas e de mediação; Espaço Expositivo com uma mostra com conteúdos sobre a história local com objetos, fotografias, documentos.